Depois de escolher o tema e a forma de apresentação tentamos escrever o guião, mas não conseguíamos, então nós pedimos ao professor para nós irmos à biblioteca pesquisar na Internet. Na Internet não conseguimos alcançar nada de concreto, então nós decidimos que cada uma de nós ia escrever um texto e depois observa-nos em conjunto e recreava-mos um guião.O guião conclusivo foi:
"As Beatas"
Estavam Três senhoras sentadas num dos bancos do átrio da igreja a falar como já era hábito.
Constantina: Ó ti Maria você não sabe, aquela minha vizinha da frente é tão coscuvilheira, olhe veja, veja só, ontem cheguei a casa com o meu Zé e já deviam ser, sei lá umas quantas horas da noite, ainda estava ela cá fora com a ti Amélia Bareira a falar. E mal eu sai do carro para fora, olhe calaram-se logo, deram boa noite e até eu entrar para dentro fui espreitar para a janela e lá estavam elas a falar outra vez e a apontar para a minha casa. De certezinha que estavam a falar mal de mim e do meu Zé.
Diamantina: Pudera com a porrada que leva nesse lombo.
Constatina: Ahhh! O que é que você disse?
Diamantina: Que o meu filho ontem apanhou um pombo.
Constantina: Á, á.
Maria: Mas ó tia Constantina agora mudando a conversa, não era você que ia comprar um colchão daqueles que põem a coluna direitinha?
Constantina: Era, era. Olhe disseram-me que custava 2.000 euros e que eu tinha que pagar 1.500 euros agora e dava os 500 à entrega, até agora não apareceu ninguém. não sei o que se passou, as pessoas eram tão simpáticas.
Maria: Á quanto tempo foi isso?
Constantina: Não sei, já foi à... ora deixa lá ver... foi no mês de Abril, estamos em Outubro foi à... Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro... à sete meses.
Diamantina: Olhe e acha que ainda o vão trazer?
Constantina: Ahhh?
Diamantina: Se acha que ainda o vão trazer?
Constantina: Acho que sim.
Diamantina: Já ninguém vai trazer nadinha.
Constantina: O que é que está a dizer, fale alto mulher.
Diamantina: Estou a dizer que daqui a pouco vou para a minha vidinha-
Constantina: Ah! Mais daqui a um bocadinho.
Maria: Olhe o meu Gusto ultimamente anda saído da casca, desde que viu a filha da neta do tio Manuel Roscas com o namorado (moço) atrás da igreja nunca mais foi o mesmo.
Diamantina: O quê?
Constantina: Diga, diga.
Maria: Sim ainda não tinha dito nada?
Diamantina: Não, Não.
Maria: Pois parece que a bisneta do tio Manuel Roscas costuma ir para trás da igreja com o namorado fazer... prontos... vão para lá pecar.
Diamantina: Á essa cachopa ninguém diz o que anda ali.
Maria: Olhe, olhe quem é aquela que vai a passar ali a passar? O que é aquilo que ela leva na mão?
Constantina: É a Augusta a sobrinha da Zéza do café, não dá para ver bem o que ela leva na mão , mas parece um embrulho qualquer.
Diamantina: Também... não tem o que fazer em casa para andar por aí no meio do caminho.
Maria: Olhe não está na hora do terço?
Constantina: Deve estar, deve.
Maria: Ligue o rádio.
Começam a rezar, com os terços na mão. Mas a meio toca um telemóvel era o da dona Diamantina.
Com uma forma estranha de pegar no telémovel ela lá atendeu.
Diamantina: Estou, estou?
-Estas-me a ouvir?
-Quem é? Ah, fala mais alto.
-Ah, és tu Quim o que queres homem?
-Ah, não te estou a ouvir!
-Ó minha sorte.
-Este homem é mesmo chato.
-Tu estás-me a ouvir?
-Raios te partam homem, raios te partam!!!
-Ó senhor perdoai-me que este homem faz-me pecar...
-Olha cala-te, cala-te se queres comer faz tu a ceia, se não quere vai dormir, que o teu mal é sono.
-Fogo, quem te atura vai para o céu.
Maria: Não ligues mulher, não ligues que são todos iguais.
Constantina: Eles só dão é trabalho.
Maria: Nós não somos escravas de ninguém.
-Ai vocês nem sabem o que o meu Gusto se lembrou no outro dia!
Diamantina: O quê, o quê?
Maria: Não é que estava na cama a ler a minha revista quando me aparece com uma saca plástica na mão e dizia que ia pô-la no coiso!
Constantina: Ó mulher vê-se mesmo que não vês televisão isso é aquilo do presebelantivo (presevativo).
Maria: O que é isso?!
Constantina: Ó chalada é aquilo, as camisas.
Maria: Mas não tinha botões?
Diamantina: Ó meu Deus só pensam no pecado.
- Olhe agora mudando de conversas, não tem nenhuma novidade sobre a Aurora da fruta?
Constantina: A que está no hospital?
Maria: Disseram que estava muito mal e tinha partido a ancora (anca).
Diamantina: Ó tia Maria não é ancora que se diz é bacia. Mas diz que está muito malezinha.
Constantina: Ás tantas como é muito franzeleirinha acho que aquilo pode não cuar e vai ter problemas de pedras nos rins.
Maria: Ouvi dizer que lá para os lados de Viseu uma mulher morreu com uma infecção numa unha.
Diamantina/Constantina: Ahhh??!
Maria: Estou a falar a verdade verdadinha. Ainda que eu morra aqui se estou a mentir.
Caiu para o lado com algumas convulsasões e morreu. As outras ficaram a olhar, uma começa a rir e outra aos gritos:
Constantina: Acudam ai meu Deus, minha nossa senhora de Fátima, minha nossa senhora da Ajuda, ai meu Jesus, ai meu Deus. A que estava a rir começou a entalar-se toda e cuspiu para dentro do seu lenço de mão e depois disse:
Diamantina: É bem feito é para não andares para aí a falar mal da vida dos outros."As Beatas"
Estavam Três senhoras sentadas num dos bancos do átrio da igreja a falar como já era hábito.
Constantina: Ó ti Maria você não sabe, aquela minha vizinha da frente é tão coscuvilheira, olhe veja, veja só, ontem cheguei a casa com o meu Zé e já deviam ser, sei lá umas quantas horas da noite, ainda estava ela cá fora com a ti Amélia Bareira a falar. E mal eu sai do carro para fora, olhe calaram-se logo, deram boa noite e até eu entrar para dentro fui espreitar para a janela e lá estavam elas a falar outra vez e a apontar para a minha casa. De certezinha que estavam a falar mal de mim e do meu Zé.
Diamantina: Pudera com a porrada que leva nesse lombo.
Constatina: Ahhh! O que é que você disse?
Diamantina: Que o meu filho ontem apanhou um pombo.
Constantina: Á, á.
Maria: Mas ó tia Constantina agora mudando a conversa, não era você que ia comprar um colchão daqueles que põem a coluna direitinha?
Constantina: Era, era. Olhe disseram-me que custava 2.000 euros e que eu tinha que pagar 1.500 euros agora e dava os 500 à entrega, até agora não apareceu ninguém. não sei o que se passou, as pessoas eram tão simpáticas.
Maria: Á quanto tempo foi isso?
Constantina: Não sei, já foi à... ora deixa lá ver... foi no mês de Abril, estamos em Outubro foi à... Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro... à sete meses.
Diamantina: Olhe e acha que ainda o vão trazer?
Constantina: Ahhh?
Diamantina: Se acha que ainda o vão trazer?
Constantina: Acho que sim.
Diamantina: Já ninguém vai trazer nadinha.
Constantina: O que é que está a dizer, fale alto mulher.
Diamantina: Estou a dizer que daqui a pouco vou para a minha vidinha-
Constantina: Ah! Mais daqui a um bocadinho.
Maria: Olhe o meu Gusto ultimamente anda saído da casca, desde que viu a filha da neta do tio Manuel Roscas com o namorado (moço) atrás da igreja nunca mais foi o mesmo.
Diamantina: O quê?
Constantina: Diga, diga.
Maria: Sim ainda não tinha dito nada?
Diamantina: Não, Não.
Maria: Pois parece que a bisneta do tio Manuel Roscas costuma ir para trás da igreja com o namorado fazer... prontos... vão para lá pecar.
Diamantina: Á essa cachopa ninguém diz o que anda ali.
Maria: Olhe, olhe quem é aquela que vai a passar ali a passar? O que é aquilo que ela leva na mão?
Constantina: É a Augusta a sobrinha da Zéza do café, não dá para ver bem o que ela leva na mão , mas parece um embrulho qualquer.
Diamantina: Também... não tem o que fazer em casa para andar por aí no meio do caminho.
Maria: Olhe não está na hora do terço?
Constantina: Deve estar, deve.
Maria: Ligue o rádio.
Começam a rezar, com os terços na mão. Mas a meio toca um telemóvel era o da dona Diamantina.
Com uma forma estranha de pegar no telémovel ela lá atendeu.
Diamantina: Estou, estou?
-Estas-me a ouvir?
-Quem é? Ah, fala mais alto.
-Ah, és tu Quim o que queres homem?
-Ah, não te estou a ouvir!
-Ó minha sorte.
-Este homem é mesmo chato.
-Tu estás-me a ouvir?
-Raios te partam homem, raios te partam!!!
-Ó senhor perdoai-me que este homem faz-me pecar...
-Olha cala-te, cala-te se queres comer faz tu a ceia, se não quere vai dormir, que o teu mal é sono.
-Fogo, quem te atura vai para o céu.
Maria: Não ligues mulher, não ligues que são todos iguais.
Constantina: Eles só dão é trabalho.
Maria: Nós não somos escravas de ninguém.
-Ai vocês nem sabem o que o meu Gusto se lembrou no outro dia!
Diamantina: O quê, o quê?
Maria: Não é que estava na cama a ler a minha revista quando me aparece com uma saca plástica na mão e dizia que ia pô-la no coiso!
Constantina: Ó mulher vê-se mesmo que não vês televisão isso é aquilo do presebelantivo (presevativo).
Maria: O que é isso?!
Constantina: Ó chalada é aquilo, as camisas.
Maria: Mas não tinha botões?
Diamantina: Ó meu Deus só pensam no pecado.
- Olhe agora mudando de conversas, não tem nenhuma novidade sobre a Aurora da fruta?
Constantina: A que está no hospital?
Maria: Disseram que estava muito mal e tinha partido a ancora (anca).
Diamantina: Ó tia Maria não é ancora que se diz é bacia. Mas diz que está muito malezinha.
Constantina: Ás tantas como é muito franzeleirinha acho que aquilo pode não cuar e vai ter problemas de pedras nos rins.
Maria: Ouvi dizer que lá para os lados de Viseu uma mulher morreu com uma infecção numa unha.
Diamantina/Constantina: Ahhh??!
Maria: Estou a falar a verdade verdadinha. Ainda que eu morra aqui se estou a mentir.
Caiu para o lado com algumas convulsasões e morreu. As outras ficaram a olhar, uma começa a rir e outra aos gritos:
Constantina: Acudam ai meu Deus, minha nossa senhora de Fátima, minha nossa senhora da Ajuda, ai meu Jesus, ai meu Deus. A que estava a rir começou a entalar-se toda e cuspiu para dentro do seu lenço de mão e depois disse:
E continuou-se a rir.
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